Francisco Pinheiro de Menezes - Chêro
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BIOGRAFIA
Francisco Pinheiro de Menezes nasceu em 07 de dezembro de 1948, na localidade Saco dos Bispos, município de Araripe-CE. Filho de Antônio Francisco de Menezes e Luiza Rodrigues Barbosa, naturais de Araripe.
Com dez anos de idade, começou trabalhar com gado do Sr. José Ramos da silva, levando o gado Sítio Mulungu para dar água no Açude Buracão. Com dois anos trabalhando nessa atividade, foi convidado pelo patrão para ser vaqueiro do mesmo na Serra de Zé Ramos, vizinho à Serra da Perua. Foi vaqueiro de Zé Ramos durante 12 anos.
Depois foi vaqueiro de Dr. Francisco Bezerra de Menezes – Chico Bezerra, no Sítio Salitre-CE.
Casou com Sergentina Araújo de Menezes, no religioso, em 30.07.1969, celebrado pelo Padre Baldomírio Rodrigues de Sousa., na Matriz de Santo Antônio de Araripe. No civil, casaram- se no ano de 1978, no Cartório do 1º Ofício, do Tabelião Raimundo Elesbão de Oliveira.
O popular Chero conhece o Salitre palmo a palmo. A fazenda mudava de proprietário e Chero continuava sendo vaqueiro do comprador. Exemplo: Chico Bezerra, Dr. Miguel de Alencar Furtado, e Antônio Almino de Lima. Só para o Sr. Antônio Almino trabalhou 31 anos. Iniciou cuidando de 350 gados e chegou a mil, inclusive num período sendo o comparador de gado do patrão.
O casal teve oito filhos: Francisco Pinheiro de Alencar, Eracildo Pinheiro de Alencar, Cícero Pinheiro de Alencar, Eva Pinheiro de Alencar, Maria Pinheiro de Alencar, Fábio Pinheiro de Alencar, Edilânia Pinheiro de Alencar, e Célia Pinheiro de Alencar.
Tem dois filhos vaqueiros: Francisco Pinheiro de Alancar – Didi de Chero e Eracildo Pinheiro de Alencar – Galego de Chero.
O período mais difícil na vida do vaqueiro Chero, foi quando trabalhava para o Sr. Luiz Ferro Velho. Após o nascimento de Cícero, Dona Sérgia adoeceu ao mesmo tempo em que o pai dela estava também muito doente. A dificuldade fora tamanha que o vaqueiro precisou vender a própria cama de o casal dormir.
Situações passageiras foram em certos períodos de secas, com vinte a cem gados caídos.
Outra dificuldade foi quando levava uma boiada de gado para o Crato e fugiu algumas reses na estrada.
Andou a cavalo de Araripe para Crato, Juazeiro indo até Abaiara.
Sempre trabalhou na agricultura também. Só correu quatro vaquejadas. Não ganhou nenhum prêmio.
Chero estudou no Mobral. Mas só aprendeu a ler há quatro anos.
O melhor cavalo que possuiu foi Modubim. Os melhores cachorros foram: Joly de Chero e Recki de Sérgia.
Patrões: Zé Ramos, Luiz Ferro Velho, Cicho Bezerra, Dr. Miguel, e Antônio Almino de Lima.
Locais onde morou: Saco dos Bispos, Baixio dos Ramos, Morro do Cedro, Salitre e Mulungu.
Duas qualidades do vaqueiro Chero: Não devia a patrão. Tinha amizade com o gado.
(Texto de Antonio Hélio da Silva, Araripe, 16 de agosto de 2017)